(eter)

25 agosto 2008

the long goodbye

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Depois de algum tempo de expectativa, tive finalmente a oportunidade de ver o filme de Robert Altman, de 1973, na sua adaptação da novela de Raymond Chandler "The Long Goodbye".

Como qualquer fã do monocromático detective Philip Marlowe sabe, não é a mais fácil das tarefas reconstruir cinematograficamente esse mito da literatura, embora -ou talvez por isso mesmo- os livros de Chandler sejam muito visuais, seguindo a lógica cinematográfica.

Embora as
críticas que li fossem positivas na sua globalidade, também me deparei com vozes mais críticas, vindas precisamente dos fãs de Marlowe.
Mesmo acalmando as expectativas ao passar do livro para o filme (como sempre acontece) o certo é que, embora o desempenho de Elliott Gould seja interessante, a forma como Altman abordou a novela, querendo fugir de uma adaptação mais fiel, acaba por estragar o que, já de si, era perfeito.

Se há conselho a dar é que leiam primeiro o livro (agora numa excelente tradução com o título "O Imenso Adeus", da
Editorial Presença ).
Neste caso, não vejam o filme.
Outra opção é ver o filme (que até vão gostar) e depois leiam o livro para compreenderem a desilusão nas minhas palavras.


Fica a música do filme, que vai desfilando em jeito de paródia ao longo das cenas - e esta sim, vale a pena (mas leiam o livro antes de ouvirem a música).
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dave grusin trio - the long goodbye
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jack sheldon - the long goodbye
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04 agosto 2008

álbum

Extraordinário.
Nas minhas férias de acompanhamento à minha avó, mudo apenas o local (Grande Hotel do Luso) e o facto de haver uma discoteca no dito, onde me estreei a ouvir Baby Jane...
Pronto, aquilo até animava de vez em quando.

22 julho 2008

canções fetiche

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Esta é uma das minhas canções fetiche desde que, algures nos anos 80, ao chegar a um quarto de hotel, penso que em Tróia (a da península de Setúbal, para dissipar dúvidas) com uma namorada (ou não) da altura, a primeira coisa que fiz foi ligar o rádio (daqueles embutidos na parede, ao lado da cama, como se usava).
Ainda não sei se seria estação de rádio ou se gravação do hotel, mas a primeira canção que surgiu foi esta, seguida de mais alguns hits melosos para ajudar à função do espumante ou de outras substâncias/lubrificantes/aparelhos vários. (onde isto já vai...)
De qualquer modo é uma grande canção, daquelas que, embora não seja igual dizer que se gosta disto como se se tratasse (hesitei aqui no segundo "se") de confessar que se gosta de Richard Hawley ou de sushi (ok, risquem esta...) ou da última banda-alternativa-que-toda-a-gente-virá-a-gostar-no-próximo-ano ou que se é um switcher (a propósito, sou um :) ...), ainda nos pode valer algum crédito junto daquela menina que não sofre de preconceitos e valoriza o kitsch de qualidade (não é contra-senso).
Fica o original e a melhor versão, embora também conheça as de Haylie Hecker, Zucchero(...), Erasure (não gosto desta), Laurent Voulzy, Brian May e Roger Taylor ou Baby D.(...); enfim, o pacote completo.
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the korgis - everybody's got to learn sometime
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20 julho 2008

prometeus




cidade branca

Onde estão os meus amigos?

Remotas memórias
Saltitam
Pululam
Cheiros / odores / miragens

O café
O sorriso
Olá como está!
E outras encenações
A novidade
A vizinha do 3º fugiu, amanhã vem no jornal

Ai..a imperial da Munique
Os destemidos tremoços
Moços, maçons
Canalha / navalha
Pensa coração
Amigos onde estais?

A sueca com minis à mistura
O relato da bola
A malha / copo de 3
A feira do relógio
O relógio da feira
Sandes de couratos / vinho de Torres
Jogging de Marvila

Domingo
Especialmente domingo
Barbeados / dentes lavados
E martinis no plástico labrego
Alumínio / moderno / kitch / mau gosto

12 cordas / mãozinhas
Salteadores da razão perdida
Perdidos / enjaulados

Correio da manhã
O cú da vizinha do 9ºB
Regalo para a vista
Suplemento a cores com salários em atraso

E a Lisnave / petroquímica
Cancros do meu Tejo
Apodrecendo lentamente o azul das águas

E eu, impotente / cinemascope / 35 milímetros de mim
A raiva afogada entre cubas libres e pernas de mulheres
Que não são putas nem são falsas nem são nada

São pernas de mulheres e cubas libres simplesmente
Paga-se a saudade com cartão de crédito


Táxi
Leva-me para onde está o meu amor

Táxi
Leva-me para lá de mim

Táxi
Atropela-me os sentidos e a alma para não deixar vestígios


sam the kid - slides (retratos da cidade branca)

19 julho 2008

'bout cohen

É mais ou menos isto.

18 julho 2008

lost ballads

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A canção tradicional de autor desconhecido "Pretty Polly" foi, ao longo dos anos, sendo adaptada, modificada ou foi ainda motivo de inspiração para criações de vários autores.
Não importando muito estar aqui a apresentar as inúmeras versões, deixo, contudo, uma das mais antigas e a minha preferida, de B. F. Shelton, de 1927, uma gravação rara, em que esse mestre do banjo tocado a dois dedos, injustamente esquecido pela história musical mais relevante, mostra a sua perícia, sempre com aquele travo oriental característico.
Para comparação, deixo uma curiosa música de Bob Dylan, de 1964, do álbum ícone "The Times They Are A-Changin'".
Refiro-me a "The Ballad of Hollis Brown" e surge aqui qualificada de curiosa porque, embora a tenha conhecido muito antes da de B. F. Shelton, e sendo uma das que me dizem mais no repertório de Dylan, só compreendi a sua origem quando ouvi "Pretty Polly".
Ainda assim, consta nos states que esta "murdered girlfriend ballad" seria uma adaptação de uma outra canção, "The Gosport Tragedy". Nada se cria, tudo se transforma.
A conferir:
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10 julho 2008

Henrique Medina Carreira

Finalmente vejo alguém a falar sério, numa das melhores intervenções televisivas, em forma de entrevista, a que já assisti.
Obviamente isto é apenas um aperitivo, já que o homem merecia umas horitas - que seriam consideradas pedagógicas - de tempo de antena.

Entrevista aqui.
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banda sonora (XVII)

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antonio pinto e ed cortes - meu nome é zé
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cartola - alvorada
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seu jorge - convite para a vida
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30 junho 2008

dub time


Estamos numa altura do ano em que a banda sonora se altera de forma evidente.
Todos os depressivos saem (só voltam a entrar lá para o fim do Verão) e entram os sons mais dançantes de quando em vez.
Presença assídua e a mais importante de todos os verões é o dub.
Já todos os que costumam frequentar os jantares em minha casa sabem que, mal começa a temperatura a subir, os ritmos jamaicanos imperam pela tela etérea que preenche o espaço da cozinha para o jardim.
Antes de revisitar - como já fiz no ano passado por esta altura - alguns dos discos clássicos mais importantes, deixo 3 músicas do dub actual, que não exige muito dos ouvidos menos familiarizados e que são bons exemplos da influência que esta forma de expressão musical tem no presente.
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kieser velten - dubolution
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stereotype & soothsayer - dub club track
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dj krush - on the dubble
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16 junho 2008

ordet

07 junho 2008

balanço

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Confirma-se, com o aval de audições sucessivas, que este disco - como já aqui referi - aproxima-se perigosamente do título de melhor do ano, quando estamos sensivelmente a meio.
Ficam mais duas para quem ainda não o conhece:
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27 maio 2008

concertos



Há para aí muitos concertos este ano, mas há que separar o supérfluo do essencial.

bill callahan - diamond dancer

bill callahan - honeymoon child

smog - bloodflow

smog - cold discovery

25 maio 2008

samba jazz

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Dos mais notáveis discos feitos no país irmão na última década.
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15 maio 2008

prazeres desportivos


No próximo domingo, mais uma edição da clássica de BTT Alvalade-Porto Côvo-Alvalade, na qual aqui o atleta vai tentar fazer os 120 km num tempo decente.
Não é uma prova muito difícil em termos de altimetria, mas sempre são 120 km...


11 maio 2008

banda sonora (XVI)

A excelência nas duas áreas que me dizem mais respeito, a sociologia e a música:


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09 maio 2008

surfing spaghetti

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Sou grande apreciador de surf music e dos clássicos spaghetti western de Sergio Leone.
Já por aqui passaram alguns dos grandes nomes como Link Wray, Dick Dale ou The Ventures (conferir aqui ou aqui).
(As músicas estavam no antigo filexoom, quem quiser ouvi-las pode pedir por e-mail)
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Isto a propósito de um disco de tributo a Morricone de vários nomes da surf music, com data de 2002, "For a Few Guitars More - Surf Tribute to Morricone's Spaghetti Western Themes".
Ainda há pouco tempo estive a rever alguns clássicos do género e a vontade de voltar a ouvir as bandas sonoras voltou.
Eis quando me deparei com este disco, que desconhecia e que vale a pena conhecer.
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Andei também a ver e a rever muitos filmes de Fritz Lang, mas isso é outra guerra e ainda ando a pensar o que hei-de fazer com esses sons.
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07 maio 2008

música concreta

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Visto por muitos como uma curiosidade, certo é que este tipo de música (ambient, library music, musique concrete, etc.) tem vindo a ganhar o seu lugar, quando estamos cheios de sons de hypes sempre iguais, que desfilam em todo o lado e soam todos ao mesmo.
A música que cria ambientes (deixemos os conceitos de lado) desempenham um papel importante, qual colherinha de risotto para limpar o palato.
Por outro lado, os sons de uma sociedade onde proliferam anúncios, sons de diversas máquinas e conversas de ocasião, são a banda sonora do nosso dia-a-dia e sentimos uma espécie de segurança e de conforto - soam-nos familiares no nosso imaginário social, no casulo de protecção composto por milhares de sons do escritório, do supermercado, do shopping, dos filhos a gritar.
O silêncio deixa-nos nervosos neste nosso presente.
Disco de 2008, este "Other Channels" é a primeira obra de longa duração do músico/manipulador electrónico Jon Brooks, aqui como Advisory Circle, depois da estreia no formato mini de "Mind How You Go".
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02 maio 2008

lusitânia playboys

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Mais complexo, mais elaborado e com elementos de colagem, temos uma vez mais Lisboa em spaghetti western.
Desta vez ainda temos direito a uma passagem por Cuba, por Nova Iorque nos anos 70, por um clube de Jazz, pelos Queens of The Stone Age, etc.
Cada vez mais confirmam-se como um produto (dos poucos em Portugal) com potencial para exportação.
Só o título é mau.

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30 abril 2008

vampire weekend

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a última é para ser utilizada por uma certa menina, se é que ainda não a utilizou nas suas sessões giradisquistas...

29 abril 2008

by the seashore

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Mais uma novidade de 2008, este duo traz-nos uma brisa terna e planante, ideal para o pôr do sol no Verão em boa companhia.

beach house - you came to me
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beach house - gila
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26 abril 2008

23 abril 2008

third


A maturidade envolve uma melhor relação com o tempo, a percepção de que as coisas acontecem no momento exacto em que o fluir natural permite uma aproximação à verdade.
É essa que nos diz que a vida é demasiado curta para ter pressas inconsequentes, que permite montar o animal que transportamos de maneira mais segura no comando das emoções.
Este disco é o resultado de uma dinâmica interpessoal de quem se recusou a fazer uma fuga para a frente e um excelente exemplo de como a contemplação é a forma suprema de atitude perante a vida humana (este apontamento filosófico - a confrontação contemplação/acção - é algo que será tratado mais à frente).
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19 abril 2008

80's (II)


Continuando o périplo pelos deprimentes anos 80, recordo uma rapariga - Sam Brown - que teve uma carreira muito abaixo do que os seus dotes vocais faziam pressupôr.
Acompanhou alguns consagrados fazendo backvocals, entre eles os Pink Floyd.
Muitos de vós dançaram e resfolegaram com as amigas(os) de ocasião, lentamente, em matinés de discotecas quando ainda havia uns minutos para os slows, que era onde a coisa acontecia.
Depois tiravam-se as dúvidas no carro ainda ao som desta música.
Aqui fica, para o bem e para o mal...

(o ponto ao que o (eter) chegou...)

sam brown - stop
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18 abril 2008

14 abril 2008

novidades 2008 - sunday at devil dirt

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Só não digo que é o melhor do ano, porque ainda estamos em Abril e eu sou um gajo ponderado.
Mas que apetece, lá isso...
Só ponho aqui estas três, senão essa malta não ganha a vida, mas o restante dava para fazer mais dois discos de grande nível, enchendo chouriços como faz muita gente.
Vai tornar-se um clássico.
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08 abril 2008

estreias - Sian Alice Group


Sempre gostei de bandas que conseguem que as suas músicas criem uma atmosfera que, passado algum tempo, começamos a visitar como sendo o ambiente x ou y, o qual vamos sentindo e nos vamos acomodando conforme o espectro de sensações convocadas para esse espaço sonoro, que originam sensações e criam espaços etéreos muito próprios.
Esta estreia da banda de Sian Alice, "59.59", abre a porta para algo que estão a construir para que os visitemos mais vezes, a ver vamos se o material acompanha a ideia.
Há espaço para uma certa liberdade sonora dentro das coordenadas iniciais, tentando depois o hipnotismo, utilizando a bela voz de Sian Alice Ahern; embora se precise da predisposição certa para ouvir este tipo de som, ainda assim não faz exigências por aí além.
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sian alice group - contours

sian alice group - days of grace III

sian alice group - murder

04 abril 2008

artes

Informo que os amigos da PIA têm novo site.
A quem estiver interessado em apresentar (em festas e outros eventos) algum tipo de arte performativa nas áreas que eles dominam, não hesitem.
Vindos de um curso na Índia, o Pedro e a Helena continuam o seu processo evolutivo.

audiofilia


As minhas amigas.
É incrível o que estas pequenas conseguem fazer.
Há coisas que desconhecia em certas músicas.

29 março 2008

estreias 2008 - The Do

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Grande estreia esta, deste duo composto por um francês e uma finlandesa.
E que finlandesa...
Decorem o nome desta menina: Olivia B. Merilahti.
Para já, a estreia do ano.
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versões escolhidas (more than filosophy)

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You hand in your ticket
And you go watch the geek
Who immediately walks up to you
When he hears you speak
And says, "How does it feel to be such a freak?"
And you say, "Impossible"
As he hands you a bone

Because something is happening here
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones?

You have many contacts
Among the lumberjacks
To get you facts
When someone attacks your imagination
But nobody has any respect
Anyway they already expect you
To just give a check
To tax-deductible charity organizations

Because something is happening here
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones?

Well, the sword swallower, he comes up to you
And then he kneels
He crosses himself
And then he clicks his high heels
And without further notice
He asks you how it feels
And he says, "Here is your throat back
Thanks for the loan"

Because something is happening here
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones?

Stephen Malkmus & The Million Dollar Bashers - Ballad Of A Thin Man

18 março 2008

novidades 2008

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Um dos bastiões de quem gosta de rock cru, com alguma imaginação e frescura - The Kills - lançaram um bom disco, na senda dos anteriores.
Há sempre, por disco, uma ou duas pérolas que valem a aposta para banda sonora em bares mais alternativos.
Não incluo aqui os singles, facilmente audíveis nos meandros da internet.
As minhas amostras (que são sempre uma espécie de escolhas/apostas) são:
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versões escolhidas (XVII)

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Goodbye my friend, it's hard to die,
when all the birds are singing in the sky,
Now that the spring is in the air.
Pretty girls are everywhere.
When you see them I'll be there.
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We had joy, we had fun, we had seasons in the sun.
But the hills that we climbed
were just seasons out of time.
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Goodbye, Papa, please pray for me,
I was the black sheep of the family.
You tried to teach me right from wrong.
Too much wine and too much song,
wonder how I get along.
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Esta ouvia no preciso momento em que, há cerca de 10 anos, tive um acidente de automóvel, mas na versão original.
Ainda não sei ao certo se morri mesmo, mas posso dizer que, de certo modo, renasci.
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14 março 2008

mensagem de fim de semana

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especialmente dedicado ao Casanova

rodar nos calcanhares

Rodar nos calcanhares é, porventura, o exercício que melhor define a natureza humana, tendo em atenção tudo o que foi necessário passar até que esse movimento fosse possível.
Parece simples de explicar, mas não é.
Experimentem agora; parecendo que não, ajuda.

12 março 2008

versões escolhidas (XVI)

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regresso ao passado

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Depois de mágoas lambidas, entre tortuosos queixumes, eis que o homem volta ao rock, editando um dos melhores discos do género da última década.
Foi como um "ok, já chega; sou o nick cave e estes são os bad seeds, certo?".
Se bem que a ausência de Blixa Bargeld implique a perda de qualquer coisa, certo é que não se nota nada.
Este retrocesso ao passado significa um acréscimo de qualidade e, paradoxalmente, um salto para o futuro, pelo menos o futuro de Nick Cave & the Bad Seeds, para um lugar de onde saíram para ir dar uma voltinha às redondezas, mas para onde voltaram, desiludidos e convencidos.
O que não significa que essa voltinha tenha sido em vão, já que entretanto se puderam escutar umas baladas ao piano (de que muitos se queixam, não eu) e outros projectos paralelos de membros da banda de manifesto interesse (algumas músicas de Serge Gainsbourg já são cantaroladas em inglês quando me descuido).
Irá ser, de caras, um dos melhores do ano.
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11 março 2008

blog reactions

Depois de a habitar durante alguns anos e fazer da bloga um espaço de excreção habitual, eis que alguém - finalmente - me compreende.
A assepsia arredada deste recanto e as provocações subliminares são finalmente compreendidas.
Agradeço profundamente ao Julinho a tarefa, que se tornaria por certo embaraçosa (já para não falar na dificuldade), de explicar as intenções subversivas, provocatórias ou mesmo de um certo desprezo pelos mecanismos formalísticos que se vão criando subliminarmente nesta forma de expressão, e que por vezes se tornam até anedóticos... (olha, agora graças ao Casanova utilizei a dita comma antes da conjunção "e") em que muitos vão caíndo.
Fiquei até comovido.

P.S. - Não posso, porém, deixar passar em claro a estupefacção pela frequência com que sou visitado...mesmo tendo em conta os parâmetros temporais em que a criatura se move.
Só uma justificação bem fundamentada poderá resultar numa acalmia da minha apreensão...