(eter)

27 agosto 2007

prazeres de verão

De volta após as férias, eis algumas das leituras escolhidas:




Os Melhores Contos de H. P. Lovecraft"
O grande mestre do fantástico, neste segundo volume que a editora Saída de Emergência em boa hora editou, com traduções de mais alguns dos contos inicialmente publicados na mítica revista "Weird Tales".
Destaque para o grande conto "Através dos portais da chave de prata" e todos os contos em torno de Randolph Carter.
Imperdível.


Arturo Pérez-Reverte - "O Pintor de Batalhas"
Talvez o melhor livro do espanhol, que regressa às suas memórias de repórter de guerra para construir um romance onde expõe a sua desilusão e falta de fé na humanidade.
O pior é que talvez não ande longe de capturar o retrato da natureza humana.
Bom livro, por vezes duro.


Michael Moorcock - "Eis o Homem"
A controversa obra datada de 1966 numa tradução portuguesa deste ano, ficcionando a vida de Cristo.
Questiona a importância de Jesus ter realmente existido e o que é mais importante, se a fé ou a História.
Retrata Maria como uma libertina, José desiludido e amargo e Jesus como deficiente mental, o que já não é pouco.
Curiosamente, aquando da edição original a polémica nem foi muito grande; já com o fenómeno Brown foi o que se viu.


Cormac McCarthy - "A Estrada"
Este comecei, mas a aridez desinspirou-me...
Lá voltarei quando tiver coragem.



Jed Rubenfeld - "A interpretação do crime"
Um thriller histórico, que também gosto deles, especialmente se houver Freud e Jung metidos ao barulho. Cinematográfico.

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Quanto a sons, posso acrescentar que os discos mais ouvidos foram "Cripple Crow" de Devendra Banhart, com breves incursões num disco deste ano do qual ainda não falei, de Laura Peek & The Winning Hearts, "From the Photographs"; revisitei algumas vezes "Forever Changes" dos Love, assim como voltei em força a Bonga, especialmente "Angola 72" - que decerto fará lembrar muitas tatuagens - e um disco de 2005 que não conhecia: "Maiorais".

Aliás, é deste último que deixo uma faixa que fez as delícias da pequenada, especialmente na parte do coro. Como diz um amigo meu, Bonga é um gigante.

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bonga - kuriondo kanhoka

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3 comentários:

Capitão Esponja disse...

A aridez mantém-se por toda a Estrada, mas vale a pena ler até ao fim.

Susana Fonseca disse...

Gostei da "interpretação do crime", fiz um post há uns dias sobre o mesmo.

Cumprimentos

Anónimo disse...

sim, é uma leitura fácil que prende.
dava um bom filme, dadas as referências gestuais, além dos cenários nova-iorquinos da altura, que seriam visualmente estimulantes.