carnaval
Nesta época fujo sempre que posso de lugares em que o folclore carnavalesco assalta o espírito dos presentes.
Preferindo o espírito de Veneza ao do Rio, sinto alguma mágoa por cá no burgo só haver esta forma de se viver a festa pagã.
Ignoramos as origens libertadoras e libertárias mas contidas do carnaval italiano, o culto da ambiguidade da identidade humana, a sofisticação e o mistério e apreciamos a alegria colorida que nos é alheia, mas que disfarça a proverbial tristeza lusitana.
Enfim, também gosto de samba, mas daquele que é oração, emoção, exaltação do espírito de um povo complexo como o brasileiro, que é muito mais que acordes de música, não do que se costuma ouvir por aí.
Havia uma discoteca que costumava frequentar e que já fechou há uns anos, onde nem se dava por ser carnaval.
Musiquinha como esta (e outras) sempre num registo retro que servia para a limpeza auditiva e para o treino de uns passos de dança alternativos.
E não é sem alegria que se ouve uma mulher dizer ring my bell.
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