(eter)

12 março 2008

regresso ao passado

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Depois de mágoas lambidas, entre tortuosos queixumes, eis que o homem volta ao rock, editando um dos melhores discos do género da última década.
Foi como um "ok, já chega; sou o nick cave e estes são os bad seeds, certo?".
Se bem que a ausência de Blixa Bargeld implique a perda de qualquer coisa, certo é que não se nota nada.
Este retrocesso ao passado significa um acréscimo de qualidade e, paradoxalmente, um salto para o futuro, pelo menos o futuro de Nick Cave & the Bad Seeds, para um lugar de onde saíram para ir dar uma voltinha às redondezas, mas para onde voltaram, desiludidos e convencidos.
O que não significa que essa voltinha tenha sido em vão, já que entretanto se puderam escutar umas baladas ao piano (de que muitos se queixam, não eu) e outros projectos paralelos de membros da banda de manifesto interesse (algumas músicas de Serge Gainsbourg já são cantaroladas em inglês quando me descuido).
Irá ser, de caras, um dos melhores do ano.
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