(eter)

09 outubro 2006

afro

A proverbial riqueza africana manifesta-se na música pelo ritmo. A influência do afrobeat e da fusão afrofunk dos anos 70 na música de dança actual é demasiado importante (assim como o dub, de que falarei mais adiante) para se passar ao lado de algumas preciosidades essenciais para se compreender a história da música decorrente do legado de Fela Kuti e seus pares.
Preciosidades como as que se seguem - mais precisamente quatro músicas - valem ouro, já que de serviço público se trata, à falta de alternativas noutro éter.

Wganda Kenia numa versão high energy de "Shakara Oloje" de Fela Kuti, que é uma raridade, já que só se conhecem duas músicas datadas de meados da década de 80 assinadas por Wganda Kenia.

Do Gana, outro grande som do percussionista e vocalista Sidiku Buari, de um disco de 1975, "Buari".
Ainda The Gaytones numa versão excelente do clássico de Manu Dibango "Soul Makossa" e por fim The Ashantis com "Everybody's Groove".





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2 comentários:

Anónimo disse...

a música do continente africano é sempre bem-vinda.
permite-me um pequeno reparo. não valorizo assim tanto o legado do afrobeat. ele é de facto bastante valorizado no ocidente. não creio q assim seja em África. e ainda bem. isto pq existem, na minha opinião, inúmeras variantes da música africana bem mais interessantes.
o afrobeat e mais concretamente o seu expoente máximo, Fela Kuti, foram sobrevalorizados essencialmente por 2 motivos. primeiro, uma certa proximidade ao gosto ocidental (mercado em q apostaram) , traduzido por movimentos de fusão com a participação de vários músicos ocidentais, nomeadamente norte-americanos. segundo, a mensagem política, sempre com a lança bem apontada ao colonialismo branco em geral e ao apartheid em particular (criando-se afinidades óbvias com a discriminação racial q ainda estava bem presente na população negra norte-americana).

Anónimo disse...

eu disse que o legado faz-se sentir na música de dança actual...obviamente ocidental.