(eter)

21 dezembro 2007

nomeados (XVIII) - take me back

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After Dark - Compilação Italians Do It Better
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Ou: pode uma compilação ser o melhor disco do ano?
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19 dezembro 2007

nomeados (XVI)

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Chromatics - Night Drive
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E ainda tem a melhor versão até agora de "Running up that hill"...
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nomeados (XV)

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Burial - Untrue
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nomeados (XIV) - rock & roll spirit

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Black Lips - Good Bad Not Evil
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nomeados (XIII)

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The Fiery Furnaces - Widow City
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nomeados (XII)

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Deerhoof - Friend Opportunity
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nomeados (XI)

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Liars - Liars
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2007

Os nomeados para melhores discos deste ano que aqui têm sido apresentados com as respectivas amostras - e que vão continuar - excluem os discos que foram sendo referidos ao longo do ano.
Incluem-se, portanto e obviamente, os discos de Bill Callahan ou Arcade Fire, entre outros.
Assim sendo, os que aparecerem nestas nomeações farão parte de uma lista, da qual constam ainda os que foram mencionados anteriormente, da qual serão escolhidos aqueles que foram, para mim, - e dos que conheço - os melhores deste ano, o que deverá acontecer, se não até final do ano, no início de 2008.
Não quero deixar de fazer uma referência para as capas de alguns discos.
Algumas são tão boas que favorecem inconscientemente o conteúdo...

nomeados (X)

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Bon Iver - For Emma, Forever Ago
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nomeados (IX)

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The Field - From Here We Go Sublime
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nomeados (VIII)

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Of Montreal - Hissing Fauna, Are You The Destroyer?
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nomeados (VII)

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The Studio - West Coast
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nomeados (VI)

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Deerhunter - Cryptograms
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nomeados (V)

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Iron & Wine - The Shepherd's Dog
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18 dezembro 2007

nomeados (IV)

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................................P J Harvey - White Chalk
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p j harvey - dear darkness

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p j harvey - silence

nomeados (III) - looking for Brian Wilson in Portugal

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.................................Panda Bear - Person Pitch
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panda bear - take pills

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panda bear - bros
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16 dezembro 2007

04 dezembro 2007

pinhal novo

Vivendo nesta terra de fenómenos como é o Pinhal Novo, dei por mim a pensar como é que ainda não tinha feito um destaque a duas bandas míticas que estão ligadas a esta vila-cidade.
Os Comme Restus, embora os seus membros não sejam na totalidade de Pinhal Novo (na verdade é só um e não sei se ainda toca), é uma banda amiga da terra e recordo um memorável concerto aqui ao lado da adega (onde hoje fica o hipermercado Modelo), o qual estava integrado numa festa que foi a primeira iniciativa do género do amigo João Miguel Feijão (primeira e última, que assim é que se criam os mitos - neste caso uma festa mítica, para quem lá esteve).
O palco foi destruído no final do concerto, como faz parte de uma boa actuação e foi uma das primeiras desta banda, que se tinha formado há pouquíssimo tempo, já há uns 20 anos.
Hoje têm um cd lançado (comprar), mas os clássicos já vêm dessa altura:
"amandame côa paxaxa pus dentes"
"morte aos ciquelistas"
"punheta de mamas"
"eu xamome Ãtónio"
etc.

E letras como:

"keinsse xórisse"
Keinsse xórisee, tás tode quitade pá
Olha, bute lá andar pá, bute lá andar umbocado pá
Olha, bebe uma jeca quisso passa pá maluco
E asseguir, asseguir dálhe cuma jarda pá
À pá sóce, é isse é isse pá, tás mesme lá

"Paxaxa Plus Dentes"
Lava-me os dentes com o teu fluido vaginal
Deixa-me chupar a tua glândula urinária

"O Limdo Sorriso Do Meu Cão"
Levei o meu cão a passear
À procura dum sítio p'ra mijar
Foi contra um poste e disse-lhe "bom dia"
E o poste respondeu "vai pá cona da tua tia"

nota: o keinsse xórisse deve-se ler/cantar com sotaque setubalense...

Deixo-vos algumas dessas pérolas:

comme restus - eu xamome Ãtónio

comme restus - as bóias são noços amigos

comme restus - quéque fõi



Já os Ervas Daninhas são uma banda resistente do punk rock, mas todos de Pinhal Novo, também com um historial de muitos anos e pessoal conhecido de há muitos anos, em especial o Virgílio (voz e guitarra) e o Bidgi (baixo).
Como disse anteriormente são, hoje, bandas míticas e, sendo da terra, não podia deixar de fazer este destaque particular, ainda para mais sendo dos últimos resistentes do punk nos tempos modernos.
Quem quiser, pode vê-los e ouvi-los dia 8 de Dezembbro, próximo sábado, precisamente no antigo bar da G.N.R. de Pinhal Novo, num concerto integrado na Mostra Internacional de Cinema Alternativo - Cão Amarelo, evento organizado pelo amigo Tozé Xavier, que engloba ainda Poesia Experimental dos Inteiros, uma exposição do também amigo Kim Prisu (façam um favor a vós próprios e vão ver), além de uma oficina de fotografia com o Flávio Andrade e outra de pintura com o Kim Prisu, além das sessões de curtas-metragens, sendo que o país em destaque este ano é a Polónia.
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03 dezembro 2007

eterno retorno (II)

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Neil Young - Chrome Dreams II (2007)

The way, we know the way. We've seen the way
We'll show the way
To getcha back home
To the peace where you belong


If you're lost and think you can't be found
We know the way, we've got the way
We'll lead the way
To getcha back home
To the peace where you belong


The way, we know the way. We've got the way
We'll share the way
To bring you back home
To the peace where you belong

É indecente fazer músicas destas.
Cono é que os compositores de todo o mundo se irão sentir?
Toda a complexidade da existência humana reduzida à sua forma mais simples.
Já é Natal?

neil young - the way
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28 novembro 2007

portugal, anos 70 (III)

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"Mestre" é hoje considerado um dos melhores discos portugueses de todos os tempos.
O disco foi gravado em França, no mesmo estúdio onde José Afonso gravou "Cantigas do Maio".
É constituído por músicas com poemas de Bocage, Alexandre O'Neill, Ary dos Santos,Fernando Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andresen.
O facto de terem gravado estes poetas vale-lhes a confiscação do disco por três meses pela famigerada Comissão de Censura. (fonte)
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Gravado no Srawberry Studios, França, em Novembro de 1972.
Editado em 1973.
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Pedro Castro - Violas Baixo e Acústico, Voz, Coros, Kazoo
José Castro - Piano, Xilofone, Voz, Coros
Rui Reis - Piano, Órgão, Cravo
Júlio Pereira - Violas Solo, Baixo e Acústica
João Seixas - Bateria e Percussão
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Album nunca editado em CD.
Digitalizado a partir do LP em vinil.

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petrus castrus - mestre

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petrus castrus - macaco

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petrus castrus - s.a.r.l.

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banda sonora (X)

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24 novembro 2007

le rock

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Já aqui expressei em vários momentos o quanto gosto da língua francesa.
Mas a novidade desta vez é que não irei falar de Gainsbourg ou Brel, mas sim de uma novidade que se vai fazer ouvir (eu sei, só daqui a um ano, por aí...) no futuro.
A banda BB Brunes é parisiense, foi formada em 2005, gravaram este disco no ano passado e ecos da terra do senhor Eiffel dizem que o rock está de volta à língua francesa.
Vamos lá então ouvi-los, pela primeira vez em Portugal...
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bb brunes - le gang
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bb brunes - perdus cette nuit
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bb brunes - dis-moi
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bb brunes - pas comme ça
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23 novembro 2007

prazeres desportivos

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A nova máquina de competição para a próxima época.
O quadro já vem a caminho (o design italiano é outra coisa) e alguns componentes também devem estar a chegar - mas da Alemanha, onde as lojas online fazem milagres (a avaliar pelos preços praticados cá).
O resto vai ter que ser comprado e montado em Portugal, com o consequente bónus para as finanças.
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16 novembro 2007

disco night

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Continuo nos anos 70, como se vê...
Não, esta não é a capa do disco que contém a musiquinha aqui incluída.

Mas têm de concordar que esta é uma grande capa.



boney m - daddy cool

31 outubro 2007

portugal, anos 70

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Foi tudo na vida - cantor, actor, palhaço, toureiro.

Ficou conhecido pelas suas extraordinárias controvérsias e secretas histórias de amor com personalidades conhecidas do grande público.
Conta-se que Victor Espadinha nasceu num quarto na rua Garcia de Orta, à Lapa.
Não a Lapa burguesa, mas a Lapa pobre, aquela que não interessa.
A mãe era empregada doméstica; o pai, ex-mineiro da Panasqueira.
Os primeiros anos de vida foram marcados pelas privações da guerra, pelo alcoolismo da família e por uma sexualidade precoce.
Decidiu que queria ser actor quando assistiu ao magistral monólogo de João Villaret em "Esta Noite Choveu Prata".
Percorreu África e a Europa, fugiu e regressou ao país.
Até hoje, fez apenas aquilo em que acreditava, sem concessões, nem demasiadas hesitações.
Ao olhar para trás sabe que não podia ter sido de outra forma.
Quando questionado por Rui Unas, há uns anos, no Cabaret da Coxa, se já tinha comido alguma espanhola, respondeu admirado:
"Mas quem é que nunca comeu uma espanhola?!"
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26 outubro 2007

prémio saramago



o remorso de baltazar serapião
Quidnovi, Matosinhos / Lisboa, 2006

Numa Idade Média brutal e miserável, Baltazar casa com a mulher dos seus sonhos e, tal como o pai fizera antes com a mãe e com a vaca Sarga, fêmeas irmanadas em condição e estatuto familiar, leva muito a sério a administração da sua educação. Mas o senhor feudal, pondo os olhos sobre a jovem esposa, não desiste de exercer sobre ela os seus direitos. Entregue aos desmandos do poder e do destino, Baltazar será forçado a seguir por caminhos que o levarão ao encontro da bruxaria, da possessão e do remorso.Com um notável trabalho de linguagem que recria poeticamente a língua arcaica e rude do povo, o remorso de baltazar serapião, de valter hugo mãe — autor, entre outros, de o nosso reino, seleccionado pelo Diário de Notícias como um dos melhores romances portugueses de 2004 — é uma tenebrosa metáfora da violência doméstica e do poder sinistro do amor.

(texto na contracapa do livro)

23 outubro 2007

discos de sempre (I)

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curtis mayfield - pusherman
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curtis mayfield - freddie's dead
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(esperando que o Tomás, que nasceu ontem, venha a gostar, ó Maurício)

17 outubro 2007

manta curta

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Penso que Tiago Bettencourt é o melhor escritor de canções em português da actualidade.
Difícil pela língua, não tanto pelo panorama em redor.
O disco "O Jardim", que saíu dia 1 deste mês e que assina em conjunto com a banda Mantha, poderia ser a demarcação relativamente aos Toranja, mas infelizmente não é.
Infelizmente, porque - embora não desgoste de Toranja - as letras escritas pelo Tiago são boas demais para se dispersarem numa embalagem musical pouco criativa, que só existe, salvo honrosas excepções, para fazer o embrulho das letras.
Se sempre me pareceu que a música nunca chegou ao nível da letra, com mais certeza fiquei quando o ouvi cantar uma canção unplugged do novo disco na Radar.
De qualquer forma, ficam aqui alguns exemplos que me desmentem - ou confirmam -, embora espere pelo disco verdadeiramente a solo, só com uma guitarra e, vá lá, um violino, com a intensidade daí resultante.
Irá ser, ainda assim, um dos melhores discos portugueses deste ano.
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tiago bettencourt & mantha - o lugar
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tiago bettencourt & mantha - o campo
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tiago bettencourt & mantha - a praia
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08 outubro 2007

mil e uma noites


Depois da saga fermentativa, volto agora às lides da bloga, tendo de optar, por momentos, entre esta e a leitura de um livro de (tss, tss) José Rodrigues dos Santos .
Ok, admito, começou interessante, vamos ver no que dá...

Mas adiante. Após um período de trabalho intenso, o estímulo compensatório manifesta-se e os prazeres voltam a dominar as prioridades.
Já vislumbro as sedas que envolvem o recanto onde excessos carnais e etílicos se concretizam, não faltando, porém, o interesse cultural, principalmente desde que a dissociação entre ambos os prazeres foi desmistificada, numa saudosa noite em que se discutiu a prosa de Dostoievski, numa casa de má fama lá para os lados das festas das vindimas, com uma recém-profissional - conterrânea do escritor - das lides nocturnas.

Se faltou o véu nessa ocasião, faço agora votos para que na próxima ocasião essa falha não aconteça.
Para tal, e para não faltar tudo, contribuo desde já com música, pedindo a presença do grande e já falecido Mohammed Abdel Wahab.
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13 setembro 2007

até ao lavar dos cestos

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Sempre considerei as vindimas como a viragem do ano.
É o verdadeiro (re)começo, a esperança de uma colheita que alegre o restante decurso temporal da nossa volátil existência.
E, para mim, isto é não só metafórico como, também, real.
Nesta altura, entre análises, recolha de uvas e respectiva preocupação perante a vontade da natureza, além da observação resignada da vontade do destino, há também outro facto - a falta de tempo.
Fica a justificação para a lenta publicação de posts.

Que a pinga deste ano seja a melhor.

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versões escolhidas (XXIV)

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Voltando ao tema das versões - que agora reparo não ter sido actualizado desde Julho - sugiro algo de sabor oriental.
Não sushi, mas uma versão japonesa do legado francês, sendo o original de Serge Gainsbourg e a versão de Kenzo Saeki, velho conhecido de Ryuichi Sakamoto e Pizzicato Five, entre outros, que começou a sua carreira na era da new wave.
Se a primeira foto não compromete, deixo esta outra por curiosidade...
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kenzo saeki - le poinçonneur des lilas

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11 setembro 2007

erva


03 setembro 2007

old bone

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Cada vez mais parecem ser os velhos a explorar territórios de difícil acessibilidade.
Depois de vários exemplos, dos quais o mais flagrante será, talvez, Scott Walker (com a assombração que é "The Drift") regressou T. Bone Burnett o ano passado com "The True False Identity", depois de 14 anos sem gravar a solo.
E neste caso nem será preciso falar em modernização, já que o seu estilo não catalogável marca claramente a diferença.
Americana, spoken word, blues, film noir; um complexo referencial que tornam único T. Bone Burnett.



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30 agosto 2007

aniversário

Chego ao ponto de terem de me recordar...

29 agosto 2007

passatempo de verão b-site/melofobia

Correndo o risco de chegar atrasado ao fabuloso passatempo de verão b-site / melofobia deixo, ainda assim, a minha proposta.

Pensando num Bond em ambiente oriental, de modo a acompanhar a preocupação política dos últimos anos, deixo uma alternativa acidificada, com o deserto em fundo e visão distorcida pelo calor.

Embora seja algo arrojada é, obviamente, uma escolha para ganhar...

sukia - vaseline & sand
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27 agosto 2007

prazeres de verão

De volta após as férias, eis algumas das leituras escolhidas:




Os Melhores Contos de H. P. Lovecraft"
O grande mestre do fantástico, neste segundo volume que a editora Saída de Emergência em boa hora editou, com traduções de mais alguns dos contos inicialmente publicados na mítica revista "Weird Tales".
Destaque para o grande conto "Através dos portais da chave de prata" e todos os contos em torno de Randolph Carter.
Imperdível.


Arturo Pérez-Reverte - "O Pintor de Batalhas"
Talvez o melhor livro do espanhol, que regressa às suas memórias de repórter de guerra para construir um romance onde expõe a sua desilusão e falta de fé na humanidade.
O pior é que talvez não ande longe de capturar o retrato da natureza humana.
Bom livro, por vezes duro.


Michael Moorcock - "Eis o Homem"
A controversa obra datada de 1966 numa tradução portuguesa deste ano, ficcionando a vida de Cristo.
Questiona a importância de Jesus ter realmente existido e o que é mais importante, se a fé ou a História.
Retrata Maria como uma libertina, José desiludido e amargo e Jesus como deficiente mental, o que já não é pouco.
Curiosamente, aquando da edição original a polémica nem foi muito grande; já com o fenómeno Brown foi o que se viu.


Cormac McCarthy - "A Estrada"
Este comecei, mas a aridez desinspirou-me...
Lá voltarei quando tiver coragem.



Jed Rubenfeld - "A interpretação do crime"
Um thriller histórico, que também gosto deles, especialmente se houver Freud e Jung metidos ao barulho. Cinematográfico.

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Quanto a sons, posso acrescentar que os discos mais ouvidos foram "Cripple Crow" de Devendra Banhart, com breves incursões num disco deste ano do qual ainda não falei, de Laura Peek & The Winning Hearts, "From the Photographs"; revisitei algumas vezes "Forever Changes" dos Love, assim como voltei em força a Bonga, especialmente "Angola 72" - que decerto fará lembrar muitas tatuagens - e um disco de 2005 que não conhecia: "Maiorais".

Aliás, é deste último que deixo uma faixa que fez as delícias da pequenada, especialmente na parte do coro. Como diz um amigo meu, Bonga é um gigante.

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bonga - kuriondo kanhoka

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30 julho 2007

vibe battle

Um amigo enviou-me este duelo exemplar:

25 julho 2007

weeping

20 julho 2007

ring ring


O meu toque de telemóvel, de há uns anos para cá, é este:

ac/dc - tnt

17 julho 2007

blaxpoitation

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Como grande apreciador do som blaxpoitation, continuo a trazer algumas das músicas que começaram a aparecer em meados da década de 60, mais precisamente com o filme "The Slender Thread" de Sidney Pollack, com Sidney Poitier a lançar-se no firmamento de Holliwood como a primeira estrela negra.

Depois veio "Shaft" de Gordon Parks, que é hoje um clássico deste tipo de filmes e a história continua até hoje com a herança mais célebre a ser explorada por Tarantino.

Mas aqui trata-se da música que os envolveram, portanto aqui ficam mais uns clássicos:











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