(eter)

22 julho 2008

canções fetiche

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Esta é uma das minhas canções fetiche desde que, algures nos anos 80, ao chegar a um quarto de hotel, penso que em Tróia (a da península de Setúbal, para dissipar dúvidas) com uma namorada (ou não) da altura, a primeira coisa que fiz foi ligar o rádio (daqueles embutidos na parede, ao lado da cama, como se usava).
Ainda não sei se seria estação de rádio ou se gravação do hotel, mas a primeira canção que surgiu foi esta, seguida de mais alguns hits melosos para ajudar à função do espumante ou de outras substâncias/lubrificantes/aparelhos vários. (onde isto já vai...)
De qualquer modo é uma grande canção, daquelas que, embora não seja igual dizer que se gosta disto como se se tratasse (hesitei aqui no segundo "se") de confessar que se gosta de Richard Hawley ou de sushi (ok, risquem esta...) ou da última banda-alternativa-que-toda-a-gente-virá-a-gostar-no-próximo-ano ou que se é um switcher (a propósito, sou um :) ...), ainda nos pode valer algum crédito junto daquela menina que não sofre de preconceitos e valoriza o kitsch de qualidade (não é contra-senso).
Fica o original e a melhor versão, embora também conheça as de Haylie Hecker, Zucchero(...), Erasure (não gosto desta), Laurent Voulzy, Brian May e Roger Taylor ou Baby D.(...); enfim, o pacote completo.
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the korgis - everybody's got to learn sometime
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20 julho 2008

prometeus




cidade branca

Onde estão os meus amigos?

Remotas memórias
Saltitam
Pululam
Cheiros / odores / miragens

O café
O sorriso
Olá como está!
E outras encenações
A novidade
A vizinha do 3º fugiu, amanhã vem no jornal

Ai..a imperial da Munique
Os destemidos tremoços
Moços, maçons
Canalha / navalha
Pensa coração
Amigos onde estais?

A sueca com minis à mistura
O relato da bola
A malha / copo de 3
A feira do relógio
O relógio da feira
Sandes de couratos / vinho de Torres
Jogging de Marvila

Domingo
Especialmente domingo
Barbeados / dentes lavados
E martinis no plástico labrego
Alumínio / moderno / kitch / mau gosto

12 cordas / mãozinhas
Salteadores da razão perdida
Perdidos / enjaulados

Correio da manhã
O cú da vizinha do 9ºB
Regalo para a vista
Suplemento a cores com salários em atraso

E a Lisnave / petroquímica
Cancros do meu Tejo
Apodrecendo lentamente o azul das águas

E eu, impotente / cinemascope / 35 milímetros de mim
A raiva afogada entre cubas libres e pernas de mulheres
Que não são putas nem são falsas nem são nada

São pernas de mulheres e cubas libres simplesmente
Paga-se a saudade com cartão de crédito


Táxi
Leva-me para onde está o meu amor

Táxi
Leva-me para lá de mim

Táxi
Atropela-me os sentidos e a alma para não deixar vestígios


sam the kid - slides (retratos da cidade branca)

19 julho 2008

'bout cohen

É mais ou menos isto.

18 julho 2008

lost ballads

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A canção tradicional de autor desconhecido "Pretty Polly" foi, ao longo dos anos, sendo adaptada, modificada ou foi ainda motivo de inspiração para criações de vários autores.
Não importando muito estar aqui a apresentar as inúmeras versões, deixo, contudo, uma das mais antigas e a minha preferida, de B. F. Shelton, de 1927, uma gravação rara, em que esse mestre do banjo tocado a dois dedos, injustamente esquecido pela história musical mais relevante, mostra a sua perícia, sempre com aquele travo oriental característico.
Para comparação, deixo uma curiosa música de Bob Dylan, de 1964, do álbum ícone "The Times They Are A-Changin'".
Refiro-me a "The Ballad of Hollis Brown" e surge aqui qualificada de curiosa porque, embora a tenha conhecido muito antes da de B. F. Shelton, e sendo uma das que me dizem mais no repertório de Dylan, só compreendi a sua origem quando ouvi "Pretty Polly".
Ainda assim, consta nos states que esta "murdered girlfriend ballad" seria uma adaptação de uma outra canção, "The Gosport Tragedy". Nada se cria, tudo se transforma.
A conferir:
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10 julho 2008

Henrique Medina Carreira

Finalmente vejo alguém a falar sério, numa das melhores intervenções televisivas, em forma de entrevista, a que já assisti.
Obviamente isto é apenas um aperitivo, já que o homem merecia umas horitas - que seriam consideradas pedagógicas - de tempo de antena.

Entrevista aqui.
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banda sonora (XVII)

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antonio pinto e ed cortes - meu nome é zé
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cartola - alvorada
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seu jorge - convite para a vida
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