(eter)

29 março 2008

estreias 2008 - The Do

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Grande estreia esta, deste duo composto por um francês e uma finlandesa.
E que finlandesa...
Decorem o nome desta menina: Olivia B. Merilahti.
Para já, a estreia do ano.
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versões escolhidas (more than filosophy)

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You hand in your ticket
And you go watch the geek
Who immediately walks up to you
When he hears you speak
And says, "How does it feel to be such a freak?"
And you say, "Impossible"
As he hands you a bone

Because something is happening here
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones?

You have many contacts
Among the lumberjacks
To get you facts
When someone attacks your imagination
But nobody has any respect
Anyway they already expect you
To just give a check
To tax-deductible charity organizations

Because something is happening here
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones?

Well, the sword swallower, he comes up to you
And then he kneels
He crosses himself
And then he clicks his high heels
And without further notice
He asks you how it feels
And he says, "Here is your throat back
Thanks for the loan"

Because something is happening here
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones?

Stephen Malkmus & The Million Dollar Bashers - Ballad Of A Thin Man

18 março 2008

novidades 2008

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Um dos bastiões de quem gosta de rock cru, com alguma imaginação e frescura - The Kills - lançaram um bom disco, na senda dos anteriores.
Há sempre, por disco, uma ou duas pérolas que valem a aposta para banda sonora em bares mais alternativos.
Não incluo aqui os singles, facilmente audíveis nos meandros da internet.
As minhas amostras (que são sempre uma espécie de escolhas/apostas) são:
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versões escolhidas (XVII)

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Goodbye my friend, it's hard to die,
when all the birds are singing in the sky,
Now that the spring is in the air.
Pretty girls are everywhere.
When you see them I'll be there.
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We had joy, we had fun, we had seasons in the sun.
But the hills that we climbed
were just seasons out of time.
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Goodbye, Papa, please pray for me,
I was the black sheep of the family.
You tried to teach me right from wrong.
Too much wine and too much song,
wonder how I get along.
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Esta ouvia no preciso momento em que, há cerca de 10 anos, tive um acidente de automóvel, mas na versão original.
Ainda não sei ao certo se morri mesmo, mas posso dizer que, de certo modo, renasci.
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14 março 2008

mensagem de fim de semana

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especialmente dedicado ao Casanova

rodar nos calcanhares

Rodar nos calcanhares é, porventura, o exercício que melhor define a natureza humana, tendo em atenção tudo o que foi necessário passar até que esse movimento fosse possível.
Parece simples de explicar, mas não é.
Experimentem agora; parecendo que não, ajuda.

12 março 2008

versões escolhidas (XVI)

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regresso ao passado

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Depois de mágoas lambidas, entre tortuosos queixumes, eis que o homem volta ao rock, editando um dos melhores discos do género da última década.
Foi como um "ok, já chega; sou o nick cave e estes são os bad seeds, certo?".
Se bem que a ausência de Blixa Bargeld implique a perda de qualquer coisa, certo é que não se nota nada.
Este retrocesso ao passado significa um acréscimo de qualidade e, paradoxalmente, um salto para o futuro, pelo menos o futuro de Nick Cave & the Bad Seeds, para um lugar de onde saíram para ir dar uma voltinha às redondezas, mas para onde voltaram, desiludidos e convencidos.
O que não significa que essa voltinha tenha sido em vão, já que entretanto se puderam escutar umas baladas ao piano (de que muitos se queixam, não eu) e outros projectos paralelos de membros da banda de manifesto interesse (algumas músicas de Serge Gainsbourg já são cantaroladas em inglês quando me descuido).
Irá ser, de caras, um dos melhores do ano.
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11 março 2008

blog reactions

Depois de a habitar durante alguns anos e fazer da bloga um espaço de excreção habitual, eis que alguém - finalmente - me compreende.
A assepsia arredada deste recanto e as provocações subliminares são finalmente compreendidas.
Agradeço profundamente ao Julinho a tarefa, que se tornaria por certo embaraçosa (já para não falar na dificuldade), de explicar as intenções subversivas, provocatórias ou mesmo de um certo desprezo pelos mecanismos formalísticos que se vão criando subliminarmente nesta forma de expressão, e que por vezes se tornam até anedóticos... (olha, agora graças ao Casanova utilizei a dita comma antes da conjunção "e") em que muitos vão caíndo.
Fiquei até comovido.

P.S. - Não posso, porém, deixar passar em claro a estupefacção pela frequência com que sou visitado...mesmo tendo em conta os parâmetros temporais em que a criatura se move.
Só uma justificação bem fundamentada poderá resultar numa acalmia da minha apreensão...