31 janeiro 2007
30 janeiro 2007
city noise
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Publicada por cj às 12:39 0 comentários
fado, o
Alfredo Marceneiro nasceu em 1891.
Começou a cantar o fado mais a sério no "14", no Largo do Rato, antiga casa de jogo transformada em cabaret, quando os jogos de azar foram proibidos, com cerca de 20 anos, fados esses cujos versos ele mesmo improvisava.
Tem na garganta um não sei quê de estranho,
Que perturba e nos faz cismar:
É dor? É medo? São visões d'antanho?
Amor? Ciúme? É choro? É gargalhar?
É voz do fado - dizem - e eu convenho
Que ande na sua voz a voz do mar,
Onde Portugal se fez tamanho
E aprendeu a cantar e a soluçar.
O Marceneiro tem aquela atroz
Sonância d'onda infrene que em rochedo
Fareja e morde, impiedosa e algoz.
É voz roufenha que nos mete medo,
Mas que atrai, que seduz... É bem a voz
Do fado rigoroso, a voz do Alfredo.
João Linhares de Barbosa
Já com oitenta e muitos anos nunca deixou de espreitar a noite, onde fez a sua carreira, mas "...com o despontar dos primeiros alvores da madrugada, Marceneiro abandonava os retiros de fado e regressava, satisfeito, para junto da sua querida "Tia Judite"..."; mesmo que ninguém o fosse buscar a casa, assim que passava um táxi logo parava e o motorista com a alegria e gosto sentido, parava o carro e dizia: "Boa-Noite "Ti Alfredo". Onde é que quer que o leve hoje?"
"Oh! Meu querido filho, ainda bem que apareceste, leva-me ao Bairro-Alto", respondia ele invariavelmente.
De madrugada a cena era a mesma. Era ver qual o taxista que encontrava o "Ti Alfredo" para o trazer a casa, sabendo de antemão que tinha de estacionar o carro e ir lá a casa comer uma canjinha, deixada pronta pela "Ti Judite" para quando ele chegasse.
Muitos motoristas de táxi, principalmente os do turno da noite, foram especialmente importantes para a sua vivência nocturna.
Alfredo Marceneiro tinha um feitio muito especial, difícil para com aqueles que não atingiam um certo patamar de perfeição, especialmente músicos, interrompendo a música, chamando-lhes nomes e mesmo indo embora.
O fadista, a quem Amália dizia: "Alfredo, tu és o fado", cantou até morrer no dia 26 de Junho de 1982.
Visitem a página da net e vejam algumas das letras, entre notas biográficas e outras.
Encostado sem brio ao balcão da
taberna
De nauseabunda cor e tábua
carcomida
O bêbado pintor a lápis desenhou
O retrato fiel duma mulher perdida
alfredo marceneiro - o bêbedo pintor
alfredo marceneiro - o marceneiro
Publicada por cj às 08:41 0 comentários
27 janeiro 2007
dance elegance
A pork recordings foi uma editora de certa forma visionária, ou pelo menos inovadora e trouxe alguma elegância à electrónica, personificada por projectos como Fila Brazillia, Heights of Abraham ou Solid Doctor, que não são mais que pseudónimos em torno de um grupo de produtores/editores que souberam criar uma envolvência própria muito interessante.
Publicada por cj às 12:26 0 comentários
26 janeiro 2007
jp buarque
Eu sou um dos que nasceram precisamente em 1970.
JP Simões explica.
jp simões - se por acaso
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assombro
Faltam-me as palavras para descrever o disco de Scott Walker, "The Drift", do ano passado.
Vi o vídeo de "Jesse" (que desconhecia) no novo blog de João Lisboa e estou em condições de afirmar que é o melhor videoclip do ano passado. Confirmem.
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scott walker - cossacks are
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scott walker - psoriatic
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Publicada por cj às 09:28 0 comentários
25 janeiro 2007
23 janeiro 2007
in the beggining
Not the very one, que esse pertence a tempos kraftwerkianos, mas um dos projectos que deu passos seguros em direcção a outro nível qualitativo na esfera da música electrónica no princípio dos anos 90 foi, seguramente, o de Richard "DJ Dick" Whittingham (que vinha do punk) e Glyn Bush (um ex-rocker), aos quais se juntou depois Farda P (rapper MC), ou seja, os Rockers Hi-Fi.
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22 janeiro 2007
da literatura
O Tempo, caos/cosmos, a utopia da totalidade explicada, a especiaria e o nosso private hell, quântica, esperança.
Quem não salivar...
Publicada por cj às 08:55 1 comentários
20 janeiro 2007
19 janeiro 2007
juventude em marcha
Nos states dizem que são os novos sonic youth.
O rótulo já ninguém lhes tira...
magic dirt - my pal
magic dirt - johnny loves sarah
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18 janeiro 2007
hawley
Como já outros observaram, Richard Hawley tem um excelente disco, "Coles Corner", o primeiro gravado pela Mute Records.
richard hawley - coles corner
richard hawley/jarvis cocker - a cheat
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versões escolhidas (IV)
Um caso especial, já que muitos se espantaram pela escolha da cover dos Belle and Sebastian de "Baby Jane" de Rod Stewart. Ao que consta, Stuart Murdoch tem uma obsessão pelo homem.
Há razões que a razão desconhece.
Ok, admito que tenho um fetiche por este tema, que é a minha primeira memória dos tempos de quando comecei a frequentar discotecas e este hit estava na berra.
Recordo particularmente a disco que funcionava num hotel nas termas do Luso, que frequentei durante anos de férias pós-Verão, na qual o disc-jockey de serviço devia passar a música 5 a 6 vezes por noite.
Assim se destrói a (pouca) esperança de um início de adolescência prometedor.
belle and sebastian - baby jane
Publicada por cj às 10:48 2 comentários
16 janeiro 2007
keyboard
Continuando em 1996, destaco um álbum que os Beastie Boys gravaram nesse ano -"The In Sound From Way Out"- um disco instrumental com uma sonoridade completamente diferente da que associamos ao universo Beastie Boys.
Como já referi anteriormente, a gravação deste disco não terá sido propriamente um acaso, atendendo à boa surpresa que representou o primeiro disco a solo do teclista Mark Ramos Nishita aka Money Mark um ano antes.
Refrescar de ideias ou devaneio de quem tenta a subversão, certo é que foi um dos melhores discos desse período, especialmente para quem não gosta particularmente de Beastie Boys.
beastie boys - lighten up
beastie boys - shambala
Publicada por cj às 11:15 2 comentários
12 janeiro 2007
pills
Acompanho desde o início a evolução da música electrónica, tanto na sua vertente mais dançável como na mais atmosférica/ambiental e pode-se dizer que acompanhei com entusiasmo muitos projectos, alguns dos quais ainda continuam a produzir a bom nível.
Publicada por cj às 14:35 2 comentários
arrumações
Embora pareça estar atrasado, desejo-vos um bom ano de 2007.
Publicada por cj às 10:26 4 comentários
how many miles
Esta foi uma das músicas que mais me fez regressar ao passado e me obrigou a rever imagens um pouco esquecidas na distância temporal e geográfica.
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Publicada por cj às 08:44 2 comentários
10 janeiro 2007
partilha
A partilha de música ou a divulgação grátis.
E eu que ainda ontem ouvi o Paulo Branco dizer que não se importa nada com a pirataria, o que lhe interessa é a divulgação.
Publicada por cj às 14:50 1 comentários
news
Continuando nos destaques de 2006, vislumbramos finalmente um disco equilibrado do primeiro ao último acorde e que vai beber à fonte dos Violent Femmes, - embora estas comparações sejam sempre restritivas - dos Tapes 'n Tapes, que tiveram em "Loon", o seu disco de estreia, o que poderá ser o início de uma boa carreira. A rever, já que boas influências não faltam. Até vou exagerar nos aperitivos...
tapes 'n tapes - 10 gallon ascots
Outro bom disco é o dos Tap Tap ("Lanzafame"), um projecto nas redondezas Arcade Fire que também teve uma boa estreia.
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tap tap - way to go boy
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tap tap - what a clever thing to say
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tap tap - drink like a boy
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Publicada por cj às 14:11 0 comentários
09 janeiro 2007
08 janeiro 2007
lisboa dakar
Thione Seck gravou o ano passado um dos melhores discos na categoria world music ("orientation").
Publicada por cj às 15:32 3 comentários
06 janeiro 2007
more 80's
Publicada por cj às 20:25 2 comentários
05 janeiro 2007
04 janeiro 2007
80's
Já tinha feito umas pesquisas há uns tempos atrás, mas ainda não tinha conseguido a banda sonora dos sábados à tarde nos anos 80.
the love boat theme
Publicada por cj às 15:43 6 comentários
listas
Penso que não faz muito sentido, nestes download times, andar a fazer listas de discos do ano, salvo raras excepções.
Quando observamos que o mais interessante surge e se torna visível através da internet, criando assim um mercado per si, sem a influência de editoras, torna-se óbvio que o single, hoje, dita regras.
Os tempos dos longa duração estão cada vez mais distantes e as audições de discos inteiros tornam-se decepcionantes e nostálgicas.
Sinais dos tempos em que o imediato impera, embora nem tudo funcione assim; e se sou adepto do todo que faça sentido, não fico indiferente à nova realidade de singles pagos à unidade, juntando a isto o facto de haver cada vez menos discos interessantes como um todo.
Afinal, quem nunca fez as suas gravações/selecções em cassete de fita, passando depois a fazê-las em cd?
No ano que passou, se o single que mais me tocou foi el perro del mar ("god knows"), que podem ouvir num post em baixo, ficam mais alguns a juntar a outros que desfilaram em posts anteriores, destaques estes sempre incompletos, como é óbvio.
Para os sons fora da esfera anglo-saxónica, mais adiante surgirão os destaques, já que de música intemporal falamos.
koop - koop island blues
knife - marble house
tv on the radio - wolf like me
the good the bad and the queen - kingdom of doom
beirut - scenic world
Publicada por cj às 12:22 0 comentários